20 dezembro 2008

Entrevista exclusiva com o DJ que abre os shows da Madonna


Paul Oakenfold também é responsável por alguns dos remixes do show "Sticky and Sweet"


Um dos DJs mais requisitados do mundo, o britânico Paul Oakenfold, de 45 anos, é quem abre os shows da diva Madonna no Brasil. Ele iniciou sua carreira nos anos 80, tocando de forma amadora, e logo estourou no Reino Unido. Fez remixes para bandas como U2, New Order e The Cure, criou o Essencial Mix (famoso programa de rádio da BBC sobre música eletrônica) e ultrapassou os limites da ilha criando trilhas para os diversos filmes de Hollywood, como "Collateral" e "007 – Um novo dia para morrer".

Ele já tocou house, tecno e trance, foi considerado o melhor DJ do mundo pela conceituada revista DJ Mag e hoje viaja o globo abrindo espetáculos de gente de peso. Oakenfold ainda se apresenta em São Paulo nesta sexta, dia 19, na Pacha. Confira entrevista exclusiva:

Como você lida com o peso de abrir os shows da Madonna?
É uma responsabilidade enorme abrir os shows da Madonna, mas eu gosto muito. É muito bacana fazer parte de um grupo de profissionais como o dela, em que todo mundo está bastante envolvido, incluindo eu. Madonna trabalha num nível bem alto e é uma honra pra mim fazer parte do que sempre é um show fantástico.

Qual é a sua relação com a diva do pop?
Nós temos uma boa relação de trabalho, é a terceira vez que excursiono com ela e o nível de profissionalismo da Madonna dita o padrão da industria da música.

Como começou sua história com a música eletrônica?
Na época da escola eu já costumava discotecar em algumas festas locais com meus amigos, mas de forma amadora – essa era a época em que a cultura clubber estava começando a deixar suas marcas. Eu vi esse momento como sendo marcante, então o que eu queria era fazer parte dele.

Quais são suas principais influências?
É difícil nomear um só, mas uma das bandas de que sempre gostei é o U2. Eu excursionei com eles no início da minha carreira e isso realmente ajudou a me guiar na indústria da música. Essa experiência eu sempre carrego comigo.

Como você descreveria seu som hoje?
Eu realmente não me prendo num só estilo, mas eu descreveria meu som como melódico acima de tudo. Eu adoro sons que inspiram emoções, pois defini-las nunca foi muito importante.

Há quem diga que você é mais influenciado pela música pop do que pela música eletrônica mais tradicional. É verdade?
Música eletrônica faz parte das minhas raízes e é do que eu estou mais próximo em termos de música, mas mesmo assim eu tento não ficar tão ligado a apenas um gênero.

Sendo um dos DJs mais famosos do mundo, você se sente pressionado em produzir trabalhos mais pop ou tem liberdade para criar o que quiser?
Eu sempre tento mergulhar em projetos bem diferentes. Pra mim, tudo é uma questão de se ter e fazer boa música.

Como você lida com críticas ao seu trabalho?
Sempre vão existir pessoas pra te apoiar e também pra te deixar pra baixo. No final, você tem de ter confiança em si mesmo.

Fonte: Época SP

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