21 fevereiro 2009

Músico cameronês Manu Dibango não desistirá do processo contra Michael Jackson

Saxofonista, de 75 anos, aguarda decisão final da Justiça sobre música do álbum "Thriller"


Um juiz de Paris desconsiderou o último processo do músico camaronês Manu Dibango contra os cantores Michael Jackson e Rihanna, por terem usado sem sua autorização o tema de uma de suas músicas, mas a ação continuará até que haja uma sentença definitiva.

Em 1972, o saxofonista Manu Dibango compôs "Soul Makossa". Nos anos 80, Michael Jackson incluiu em seu álbum "Thriller" a música "Wanna be Startin' Something" com um fragmento de "Soul Makossa".

Foi graças a um ritmo de sua região natal, chamada Makossa, que Dibango obteve seu primeiro grande sucesso internacional, precisamente com "Soul Makossa", que em 1972 deu volta ao mundo e marcou o início da chamada world music.

Quando Dibango, de 75 anos, se deu conta, processou Michael Jackson, uma ação que ficou paralisada temporariamente com um acordo financeiro.

O caso deveria ter terminado aí, mas ressurgiu quando Michael Jackson autorizou, em 2007, a cantora Rihanna, de Barbados, a utilizar seu título, que contém a "Soul Makossa", em sua faixa "Please Don't Stop the Music".

Ao sentir-se prejudicado, Manu Dibango abriu novo processo contra as gravadoras Sony BMG, EMI, Warner e Universal Music, para que os ganhos obtidos com a música na França fossem bloqueados a espera de uma decisão do caso.

Dibango pedia meio milhão de euros por perdas e danos.

Em uma decisão divulgada no último dia 17, um juiz de Nanterre (na periferia parisiense) ditou que a ação de Manu Dibango não era admissível, lembrando que há um ano seu advogado ordenou à Universal Music mencionar o nome de Manu Dibango na reimpressão das capas dos discos de Rihanna na França.

Assim, Manu Dibango desistiu da ação. A justiça considerou então que isso significava que o artista havia renunciado à seu direito moral neste caso.

Os advogados do saxofonista darão continuidade ao pleito até que haja uma sentença definitiva do caso, após a decisão do juiz de Nanterre.

Manu Dibango, que além de saxofonista é pianista, cantor, compositor e maestro, vive há várias décadas na França e é o músico camaronês mais conhecido no mundo.

Fonte: AFP

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