12 fevereiro 2009

CINEMAS: Diretor do novo "Sexta-Feira 13" diz que cortou o excesso de cenas de nudez

Estreia mundial desta sexta, 13, ganha versão pop nas mãos de diretor alemão

Houve quem saísse das sessões especiais de "Sexta-Feira 13", o remake da série que tem estreia mundial nesta sexta-feira, dia 13, dizendo que se tratava de "softporn" disfarçado de filme de terror. A versão século XXI das estripulias dos jovens americanos em Crystal Lake é mesmo recheada com mais adrenalina, mais cenas de sexo, mais verborragia e mais piadinhas escatológicas. Tudo isso sem perder o gosto pelo sangue. Uma receita que tem tudo para recuperar, nas palavras do diretor alemão Marcus Nispel, o appeal da série.

Reconhecido por seus vídeos musicais para artistas como George Michael ("Killer/Papa Was a Rolling Stone"), Faith No More ("Small Victory") e Janet Jackson ("Runawway"), Nispel foi especialmente questionado nos EUA pela quantidade de cenas de nudez oferecidas na nova versão de "Sexta-Feira 13". Uma cena, por exemplo, mistura seios, sangue e jet-ski, e não dá para contar mais para não estragar a surpresa.

Sexta-feira 13 é um dia que mexe com o consciente coletivo, com suas superstições, crenças e uma série de rituais que têm origens seculares. A Sexta-feira 13 também, nas últimas décadas, também ganhou força graças a seu significado no universo pop, com a escalada do sucesso dos filmes de terror e seus vários protagonistas infames.

Hoje, por exemplo, é o dia em que todo mundo se lembra de Jason Voorhees, o assassino serial que usa uma máscara de hóquei na série "Sexta-Feira 13", iniciada em 1980 pelo produtor e diretor Sean S. Cunningham. Filme, é bom lembrar, no qual Jason sequer aparece - ele só viria a aparecer com seu visual característico no terceiro filme, em 1982 - e foi criado apenas em cima de seu título.

Antes mesmo de ter um roteiro ou uma equipe, Cunningham achou que a marca "Sexta-Feira 13" era muito forte e colocou um anúncio em uma importante revista de negócios em busca de investidores . A estratégia deu certo e o filme foi um dos grandes sucessos daquele ano. Também foi primeiro do estilo a ser distribuído por grandes estúdios, no caso pela Warner nos mercados internacionais e através da Paramount nos EUA, que viria também a bancar as próximas sete continuações naquela década.

O êxito, no entanto, se deve mais ao faro para negócios de Cunningham do que para seu talento como cineasta. Ele conseguiu a fundamental ajuda de Tom Savini, mago dos efeitos de maquiagem, para criar cenas de morte tão violentas quanto realistas.

Leia agora uma entrevista com o diretor e com os atores Jared Padalecki e Amanda Righetti.

Fonte: UOL

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