"Que outro músico reuniria Macaulay Culkin e Liza Minelli na plateia e Marlon Brando e Britney Spears no palco?", relembra repórter da Folha
Assisti ao último show de verdade que Michael Jackson fez, no dia 7 de setembro de 2001, no Madison Square Garden, em Nova York. Era uma sexta-feira, quatro dias antes da data que jogaria o mundo no novo milênio a golpes de aviões e prédios desabados.
Cerca de 46 mil pessoas pagamos para ver a celebração de seus 30 anos como artista solo.
A apresentação foi puro Michael Jackson, com todas as bizarrices que o caracterizaram nos últimos anos de vida. Que outro músico reuniria Macaulay Culkin e Liza Minelli na plateia e Marlon Brando e Britney Spears no palco?
Mas estavam lá as músicas, danças e passos que marcaram gerações de fãs e músicos e o tornaram o Rei do Pop.Reunidos para a ocasião, os Jackson Five, então só The Jacksons, cantaram clássicos como "ABC" e "I'll Be There". Michael cantou "Billie Jean" sozinho e "The Way You Make Me Feel", "Black or White" e "Beat It" em duetos.
A próxima vez que eu o veria ao vivo já seria num tribunal de Santa Maria, na Califórnia, cidadezinha ao lado de seu rancho de Neverland, em 2005, onde ele respondia a acusações de ter abusado sexualmente de um menor de idade.
Todos usávamos os obrigatórios paletó e gravata. A única pessoa que destoava do grupo era ele. E ele vestia uma calça de pijama.
Sérgio Dávila, de Washington.
Fonte: Folha de S. Paulo
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