Investimento pesado obriga brasilienses a escolherem qual show podem ir. Guns e A-Ha ficam entre os preferidos!
Para quem não perde grandes shows internacionais, será uma temporada especialmente cruel. Isso porque, para conferir todas as atrações estrangeiras que se apresentam na cidade em março, o fã de música terá que fazer um investimento pesado em ingressos. O pacote nada econômico sai um pouco mais em conta para quem paga meia entrada. Ainda assim, obriga que o brasiliense tome decisões difíceis. Se dependesse da vontade, o fisioterapeuta Ennio Becatini, 30 anos, assistiria aos quatro shows. Mas, de olho na conta bancária, decidiu descartar o grupo Franz Ferdinand.
“É muito rara uma situação dessas, com tantos shows internacionais em Brasília. Mas são tantos ao mesmo tempo que bate uma frustração”, admite. Na lista de prioridades, o Guns N’ Roses, que se apresenta amanhã no ginásio Nilson Nelson, está no topo. “Pensei até em ver o show deles em outra cidade, mas, quando anunciaram a vinda para Brasília, fiquei mais tranquilo”, lembra.
Fé nos ídolos
O comboio do Guns N’ Roses passa por cinco cidades brasileiras, a preços variados. Para quem não paga meia entrada, os valores são poucos convidativos. O ingresso mais barato, na capital, sai por R$ 240 (arquibancada) e o mais caro (pista VIP), a R$ 500. Na média, Brasília não fica tão acima da vizinhança. Mas, em Belo Horizonte, o acesso à arquibancada custa metade do preço: R$ 120 (a “pista premium”, em compensação, também fica em R$ 500). Ainda que dolorida, a “facada” não intimidou a psicóloga Ana Iglesias Ulhôa, 32 anos. Ela garantiu a pista VIP do Guns N’ Roses. No entanto, e um pouco contrariada, não vai assistir ao A-Ha e Franz Ferdinand. Com o valor que ela gastaria para comprar entradas mais baratas para todos os quatro shows, ela poderia adquirir uma coleção de 17 DVDs.
“O show do Guns eu até entendo estar caro. É uma produção muito grande. Mas e os outros?”, questiona. Não é de hoje que Ana aguarda pela aparição de Axl Rose. Aos 13 anos de idade, ela comprou uma edição especial, dupla, com os LPs "Apetite for destruction" (1987) e "Lies" (1988). “Eu devo ter comprado por achar o Axl bonitinho. Mas depois comecei a curtir muito a banda”, afirma. De tão dedicada ela admira até o mais recente CD da banda, o controverso "Chinese democracy" (2008). “É verdade que, da formação original, o Axl foi o único que sobrou. Ele é imprevisível, mas espero que não dê chilique. Claro que eu gostaria que o Slash (ex-guitarrista) aparecesse no palco”, reconhece.
Para comprar o ingresso, Ana esperou quatro horas na fila. Precavida, comprou a entrada no dia em que a bilheteria abriu. Não cogitou viajar para ver a apresentação em outras cidades, já que o trabalho não permitiria. Mas, se ela estivesse em Buenos Aires, notaria uma diferença marcante no preço dos ingressos. O mais barato sai por 90 pesos, o equivalente a R$ 42. Também é o que se paga para ver o Franz Ferdinand no Luna Park, casa de shows argentina com estrutura superior à do Marina Hall, onde os escoceses vão farrear. “O preço é um fator determinante. Se fossem mais baratos, eu gostaria sim de conferir todos os shows”, observa Agostinho José, 31.
GUNS N’ ROSES
Neste domingo, dia 7, às 20h30, no Ginásio Nilson Nelson. Pista: R$ 280, R$ 140 (meia). Pista premium: R$ 500 (esgotado), R$ 250 (meia, esgotado). Arquibancada: R$ 240, R$ 120 (meia). Bilheteria oficial: Brasília Shopping. Vendas também pelo site da Ticket Master.
A-HA
16 de março, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Pista: R$ 160, R$ 80 (meia). Pista premium: R$ 240, R$ 120 (meia). Vendas também pela Ticket Master. Bilheteria oficial: Brasília Shopping.
Fonte: Correio Braziliense
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