Fernanda Lima apresenta a atração, que lembra a história da banda paulista
Na década de 70, a música teve sua praia invadida pelas ondas do rock progressivo. O estilo musical atiçou a curiosidade do mundo e inspirou, particularmente, dois jovens brasileiros que sonhavam em formar uma banda de sucesso. O sonho, a princípio, era individual, mas o destino tratou de juntar os desejos promovendo o encontro de Paulo Ricardo, Luís Schiavon, Fernando Deluqui e P.A. O 'Por Toda a Minha Vida' que a Globo exibe logo mais, às 23h25, lembra a história da banda paulista com sigla de unidade de medida e dona de feitos inéditos na indústria da música brasileira. O episódio traz imagens de arquivo e depoimentos dos integrantes e profissionais que fizeram parte do cotidiano do RPM como o escritor Marcelo Rubens Paiva, o produtor musical Luís Carlos Maluly e o cantor Ney Matogrosso.
Em 1978, o acuado letrista Paulo Ricardo assistiu a um ensaio da banda do então tecladista e estudante Luís Schiavon. Ao final do repertório, os integrantes discutiram, a banda acabou e Luís e Paulo iniciaram uma parceria. Depois de um período de separação, com Paulo em Londres, a dupla compôs músicas de qualidade, mas, para sair dos ensaios de garagem e chegar aos palcos, ainda teriam um longo caminho a percorrer.
Em uma jogada de sorte, Paulo acompanhou o amigo Marcelo Rubens Paiva a uma visita à gravadora CBS. O vocalista não perdeu tempo e entregou uma fita cassete com suas composições nas mãos do produtor musical Tomás Muñoz. A tentativa rendeu uma entrevista com o diretor artístico Marcos Maynard, que ficou bem impressionado com a inteligência e foco de Paulo Ricardo. Mas, mesmo com o grande impulso, a dupla ainda precisava de algo a mais. O aditivo tem nome e sobrenome: Fernando Deluqui, que, com sua guitarra, completou o trio roqueiro batizado RPM.
Depois da nova formação da banda, o próximo passo seria assinar contrato com alguma gravadora, que, na época, era o único meio para tirá-los do anonimato. Paulo então se reúne com Tomás Muñoz e blefa dizendo que receberam convite de outra gravadora para produzir o primeiro disco. A estratégia deu certo e eles assinaram o contrato. O primeiro compacto do trio apresentou ao Brasil as músicas "Revoluções por Minuto" e "Louras Geladas". Mesmo com um disco gravado, a banda ainda não estava completa. Faltavam P. A. e sua bateria, instrumento essencial em qualquer banda de rock.
O primeiro show como profissionais foi em 1985 e a apresentação causou impacto nos jornalistas presentes. No mesmo mês o LP da banda foi lançado com músicas que nunca mais seriam esquecidas como: "Olhar 43" e "Rádio Pirata" e a partir daí o RPM entrou para a história. O empresário Manoel Poladian repaginou o estilo dos integrantes e os paulistas certinhos ganharam mais ousadia, levando o público feminino à loucura.
Como resultado dos esforços de todos, o primeiro show teve bilheteria esgotada. E era só o começo. Antes do lançamento do LP completar um ano, foram vendidas 500 mil cópias. Músicas ainda não gravadas por eles, como "London London", alcançavam os primeiros lugares nas paradas e eram repetidas à exaustão nas rádios. Por isso os executivos da gravadora correram para fazer o primeiro CD ao vivo do RPM, que, na época, foi o mais vendido da história, alcançando a marca de três milhões de cópias.
Fonte: Rede Globo
2 comentários:
RPM foi um marco do pessoal de infância anos 80 (meu caso). Minha preferida sempre foi Rádio Pirata, mas tem muitas outras que gosto muito.
Obrigada pelos elogios deixado em meu blog, fico muito feliz que tenha gostado das minhas críticas. Obrigada mesmo!!
Pois é, cara jornalista. E como deve ser difícil resumir 5 anos em 60 minutos. Eu amodoro, particularmente, "London London" mas foi um pouco 'estranho' rever o Paulo Ricardo beeeeem magrinho. Apesar disso ele continua lindo!
Pena não ter casado com a Vendramini e ter tido vários filhos homens. A mulherada agradeceria muito. hehe
Valeu e sempre de olho no seu blog!
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