09 dezembro 2010

Com esclerose múltipla, ex-paquita diz que quer retomar carreira na TV

Após 18 anos no exterior, Pituxa Alemã volta ao Brasil para se tratar no SUS

Veja entrevista no "Mais Você"


Louise Wischermann ficou conhecida dos brasileiros no final da década de 80 como Pituxa, graças aos quatro anos em que foi paquita no “Xou da Xuxa”, antes de passar o posto a Letícia Spiller. Já, no exterior, ela é Lyekka, heroína da série de ficção científica “Lexx”, que foi ao ar na TV canadense no final da década de 1990 e virou cult entre os fãs do gênero em diversos países.

De volta ao Brasil depois de 18 anos morando fora, a ex-paquita de 36 anos afirma que não vê a hora de retomar a carreira na TV, apesar do diagnóstico de esclerose múltipla que recebeu em 2005.

“Tendo o tratamento, a doença não me traz nenhuma limitação, não me atrapalharia em nada”, diz Louise, que voltou ao país por conta do tratamento da doença, que é oferecido gratuitamente pelo governo brasileiro e, segundo ela, chega a custar cerca de US$ 2.500 mensais no Canadá, onde vinha morando. “Estou viva e quero ter uma vida normal”, afirma a ex-paquita.

“Quero ficar no meu país, perto da minha família, dos meus amigos e poder trabalhar, me cuidar e exercer meu papel de mãe”, diz Louise, que agora luta na Justiça para trazer o filho de quatro anos - fruto de um casamento desfeito com um canadense - para morar no Brasil também. “Ele é tudo para mim”, conta, sem esconder a emoção.

Carreira internacional
Aos 18 anos, com a experiência do “Xou da Xuxa” na bagagem, Louise foi para a Alemanha estudar e tentar a carreira de atriz. Lá, trabalhou em diversas peças, batalhou muitos testes para a TV e acabou conseguindo o papel em “Lexx”, que a levou ao Canadá, à Tailândia e ao Japão para gravações. Ela também atuou na série dramática “Mallorca”, produzida pela TV alemã na Espanha, onde morou por um ano.

Em 2002, Louise voltou à TV brasileira com uma participação na minissérie “Aquarela do Brasil”, contracenando com Thiago Lacerda e Maria Fernanda Cândido. “Me senti meio insegura, porque eu não estava mais acostumada a atuar em português, mas adorei”, conta ela, que chegou também a fazer uma ponta no longa-metragem “Redentor”, de Claudio Torres, no mesmo ano.

Foi o último trabalho como atriz de Louise Wischermann, que logo casou, mudou-se para o Canadá e passou a ganhar a vida como representante comercial de um produto brasileiro naquele país e sócia de um restaurante em Toronto. Em seguida, veio o diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença do sistema nervoso que pode trazer fraqueza muscular e perda da coordenação motora.

Agora, Louise quer conseguir um espaço como atriz ou apresentadora na TV brasileira. “Gosto de trabalhar e já venci muitos desafios na vida; sei que existe um espacinho para mim”, afirma a antiga Pituxa, que não espera enfrentar nenhum preconceito devido a seu passado de paquita. “Ter sido paquita não é nenhum mérito ou demérito sobre a minha pessoa. Sou muito feliz de ter sido paquita, passei uma adolescência maravilhosa e aprendi muito sobre disciplina com a Xuxa. Até hoje, ela é como uma irmã para mim”, diz Louise.

Fonte: G1

Categories: ,

0 comentários:

Postar um comentário