04 novembro 2009

Documentário de Michael Jackson terá até três horas a mais em DVD

"Haverá cenas extras dos ensaios", garante diretor Kenny Ortega

O Halloween foi a razão que os jornais americanos encontraram para explicar por que "This Is It", o filme sobre a turnê que Michael Jackson não viveu para realizar, só dentro dos EUA foi menos arrebatador do que se esperava. A festa das bruxas caiu no sábado, o que pode ter levado parte do público a adiar a ida ao cinema.

Ainda assim, o filme ficou em primeiro lugar nas bilheterias do país no fim de semana, com arrecadação de US$ 21,3 milhões. O segundo colocado, o horror "Paranormal Activity", rendeu US$ 16,5 milhões.

No mundo inteiro, "This Is It" arrecadou nos cinco primeiros dias surpreendentes US$ 101 milhões, passando com folga os US$ 60 milhões que os estúdios investiram nele. "Estamos felizes com os resultados domésticos, mas extasiados com os mundiais", disse no domingo Rory Bruer, presidente de distribuição da Sony.

Os estúdios confirmaram que o longa ficará mais que as duas semanas anunciadas em cartaz -tempo reduzido que, segundo críticos, desde o princípio fazia parte da estratégia de divulgação, para estimular o público a correr aos cinemas.

O lançamento do DVD também foi adiado, após proprietários de cinemas reclamarem da curta janela entre o fim da exibição nas salas e o começo da venda nas lojas. A princípio planejado para sair a tempo de virar presente de Natal, o produto chegará no começo de 2010.



Cenas extras
Na última quarta-feira, na primeira série de entrevistas após a pré-estreia do longa, o diretor Kenny Ortega disse à Folha que o DVD terá de duas a três horas a mais do que o filme no cinema. "Haverá cenas extras dos ensaios, além das versões completas dos clipes que criamos para "Thriller" e "Smooth Criminal"."

Ortega garantiu que não excluiu cenas que omitissem as condições de saúde de Michael Jackson - nas últimas semanas, correu na internet um manifesto alegando que o registro esconde que o músico precisava de ajuda até para comer. "O filme é a história do show. Só incluí cenas que fizessem sentido nesse contexto. Não faria sentido colocar trechos em que Michael Jackson erra a letra, ou que não dança tão bem. Isso acontece em qualquer ensaio, mas no filme poderia dar uma impressão errada."

Ao mesmo tempo, Ortega diz acreditar que o longa tem o mérito de mostrar um lado mais "vulnerável" do músico, como quando ele fica desconcertado por não ter ideias compreendidas de imediato. "O fato é que Michael confiava em mim. Só coloquei imagens com as quais acho que ele concordaria."

Na mesma rodada de entrevistas, o diretor musical do longa e da turnê, Michael Bearden, disse que o popstar ficava chateado com os comentários de que não conseguiria concluir os 50 shows planejados para Londres. "Ele me disse: "Muita gente pensa que não posso fazer isso. Não sei por que pensam assim, é o que faço desde que tinha cinco anos. Não teria aceitado se não fosse capaz'", contou Bearden, esganiçando a voz para tentar soar como o cantor.

Segundo ele, Michael Jackson se sentia "bem o suficiente" para estender a turnê por mais três ou quatro anos, levando-a a países da África e da Ásia.

Fonte: Folha Online

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