10 janeiro 2009

Discoteca: Relembre os discos mais importantes da história do rock nacional

Porque alguns álbuns simplesmente merecem entrar para a história

Passada a euforia com os festejos de final de ano, iniciamos o ano, ou quase, abusando da criatividade, diversão e convivendo harmoniosamente com este caldeirão sonoro da música brasileira.

Sim! Genuinamente nacional. Ontem, hoje e sempre, lançamos um "olhar 43" para este álbum de 87, do Engenheiros do Hawaii ( ex agora, talvez, com o distanciamento do vocalista Humberto Gessinger).

Antes do adeus, um pouco mais do Brroooockkkkk desta banda gaúcha, formada em 1985, e que tinha o vocalista como único integrante original.

Somos quem podemos ser? Pra vocês: essa Infinita Highway ... Com as palavras da época e de quem fez.

A Revolta dos Dândis
Banda: Engenheiros
Disco: A Revolta dos Dândis
Ano: 1987
Formação:
Humberto Gessinger - vocal e baixo
Augusto Licks - guitarra
Carlos Maltz - bateria

Faixas:
1 - A revolta dos Dândis I
2 - Terra de gigantes
3 - Infinita highway
4 - Refrão de bolero
5 - Filmes de guerra, canções de amor
6 - A revolta dos Dândis II
7 - Além dos outdoors
8 - Vozes
9 - Quem tem pressa não se interessa
10 - Desde aquele dia
11 - Guardas da fronteira

Diz aí:
Humberto Gessinger (vocalista e baixista)
"Este é o disco do Engenheiros que, para mim, tem mais magia. Na gravação dele rolou uma junção de oportunidades que nunca se repetiu na historia da banda. Logo depois que ele saiu a gente caiu na estrada. Dois meses depois eu não conseguia mais tocar da mesma forma que eu tinha tocado no disco. Eu tinha perdido aquela ingenuidade. O que eu guardo disso no coração é essa coisa ingênua, essa inocência e essa ilusão de que tu pode tudo. Eu ouço o disco hoje e digo: “caramba, como eu gostaria de ser tão ingênuo novamente”. Mas a gente não pode simular essa pureza, né? Você tem que aprender a viver com as cassetadas que a vida te dá".

"Eu me lembro um lance que chamava atenção. Os caras diziam: “pô, os Engenheiros fazem balada”. Era meio assim, não podia fazer balada. “Refrão de Bolero” não podia fazer. Depois as bandas todas fizeram. Mesmo as que diziam que não faziam balada. Mas é um diferencial também, essa coisa frágil, nada programado, nada ciente, consciente. Era meio interiorana, meio suburbana, de uma maneira bacana".

"Eu não sei cantar e nem gosto de cantar. Eu gosto de tocar instrumento. Qualquer um. Adoro! Cantar pra mim é meio “pô, fiz uma musica, não tem ninguém para cantar, eu canto”. Não é uma coisa de “ah, que prazer eu sinto, vou tirar a roupa no estúdio’."

Carlos Maltz (baterista)
"O disco “Revolta dos Dândis” é estranho para mim. E eu acho que foi estranho para a maioria das pessoas daquela época. Hoje talvez não seja tão estranho, porque tiveram muitas músicas que fizeram muito sucesso. Mas, naquele momento, era um disco muito estranho pra mim. Era muito diferente do que a gente tinha feito antes, do “Longe Demais das Capitais”. Agora, hoje é o disco que eu mais gosto de ouvir. Um disco do Engenheiro que eu escuto? Revolta dos Dândis. De certo modo os caras começaram a bater (na banda) mais pra frente, quando a gente começou a fazer sucesso. Muitos críticos de rock daquela época eram músicos frustrados. Então, você fazer sucesso era um pecado quase que imperdoável. E tinham caras que eram habilidosos..."

Com informações da MTV.

Redação Canal 80

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